"O recente surto do novo coronavírus e a quebra de relações entre a Arábia Saudita e a Rússia fizeram cair os preços do petróleo; como os hidrocarbonetos são a principal fonte de receita fiscal de Angola, a queda abrupta dos preços, combinada com a descida dos volumes de produção, vai afetar fortemente as receitas do país", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.
Na nota com o título "Orçamento de pantanas", enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que apesar de o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) dar algum respaldo ao país, "com o rácio da dívida face ao PIB nos 111% no final de 2019, o custo de servir a dívida é um componente significativo da despesa e é relativamente rígido, mas se o preço do petróleo continuar a cair, pode ser necessário reestruturar a dívida, e se Angola não for capaz de pagar, pode entrar em incumprimento financeiro".