A representante da OSCE para a comunicação social, Teresa Ribeiro, disse, em comunicado, que "é profundamente preocupante que a Federação Russa continue a impor restrições tão severas que são totalmente incompatíveis com o direito à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa".

Segundo o seu texto, Ribeiro referiu-se à lei "Sobre as emendas a determinados atos jurídicos", que prevê importantes alterações na lei de meios de comunicação, e à lei "Sobre o controlo da atividade de pessoas sob influência estrangeira".

A primeira concede amplas faculdades ao procurador-geral para proibir a atividade dos meios de comunicação estrangeiros que difundam na Federação Russa, quando se tenha proibido ou restringido a atividade de um meio de comunicação russo em outro país.

"Esta proibição também pode implicar a retirada da acreditação dos correspondentes estrangeiros na Federação Russa, dos registos e das licenças de difusão, o congelamento das contas e operações bancárias e o encerramento dos escritórios dos meios de informação estrangeiros em causa", ainda segundo Ribeiro.

Foram também alteradas outras leis o sentido de passar a ser possível, o que é uma novidade, que a procuradoria-geral suspenda as atividades e, inclusive, encerre meios de comunicação sem decisão judicial.

A segunda lei aumenta a norma já existente sobre 'agentes estrangeiros', de forma que permite "considerar uma entidade como 'agente estrangeiro' se tiver recebido apoio ou esteja que outro modo sob influência estrangeira", denunciou a OSCE.

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