A mudança indica uma queda de dois e três décimas, respetivamente, da projeção divulgada em novembro.

No relatório de Perspetivas, publicado hoje, que tem dados de todos os membros do G20, a OCDE colocou o Brasil entre os países com crescimento mais fraco.

Os autores do estudo reconheceram como diretriz geral para este ano e para o próximo, uma dinâmica económica abaixo da tendência das últimas décadas e estimam que a progressão da atividade no conjunto do G20 será de 2,6% este ano e de 2,9% em 2024.

Os autores das projeções da OCDE esperam que o Brasil consiga moderar a inflação, que deve passar de 9,3% no ano passado para 5,4% em 2023 e depois para 4,3% em 2024.

A OCDE apontou que as contínuas subidas de juros nas economias avançadas e a persistência de pressões inflacionárias limitam o espaço de manobra nos países emergentes, especialmente naqueles com muita dívida em moeda estrangeira ou nos quais as expetativas de inflação são muito sensíveis à cotação da moeda local, e aos preços dos alimentos e energia.

Sobre os juros, a OCDE apontou que a antecipação do aperto da política monetária no Brasil pode permitir algum relaxamento nas taxas de juro "a partir do segundo semestre de 2023".

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