
Macau encerrou na segunda-feira, e até 18 de julho, todas as atividades comerciais não essenciais, incluindo casinos, impondo a utilização obrigatória de máscaras KN95 ou "de padrão superior" e proibindo a permanência na rua.
O chefe da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações-Públicas dos Serviços de Polícia Unitários da região chinesa, Cheong Kin Ian, disse hoje que foram enviadas para o Ministério Público nove casos de pessoas suspeitas de violarem as restrições.
A maioria das pessoas foram identificadas por não utilizarem máscara na rua, sublinhou o chefe substituto da Divisão de Relações Públicas da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Macau, Lei Tak Fai.
Segundo o jornal Ou Mun, a primeira pessoa a ser identificada, na segunda-feira à noite foi um homem encontrado a correr na rua. Menos de uma hora depois, foi detetado um outro homem a falar ao telemóvel na rua, sem máscara.
De acordo com a rádio TDM em língua chinesa, os Serviços de Alfândega intercetaram outros dois homens a andarem de bicicleta na Taipa, um deles sem máscara KN95.
Cheong Kin Ian revelou ainda que as autoridades emitiram hoje, até às 15:00 locais (08:00 em Lisboa), avisos a 810 pessoas por violarem as medidas de controlo da pandemia. Os casos "envolviam sobretudo má utilização da máscara ou fumar na rua", acrescentou.
O dirigente policial sublinhou que os trabalhadores não-residentes, vindos do estrangeiro, que violem as restrições podem, além de uma pena de prisão de até dois anos ou até 240 dias de multa, "sujeitar-se ao cancelamento da autorização de trabalho".
Macau registou hoje a terceira morte relacionada com a covid-19, desde o início da pandemia há mais de dois anos, revelou o chefe de serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng.
Uma mulher de 88 anos, doente crónica que sofria de diabetes e problemas cardíacos, faleceu por volta das 13:05 locais (6:05 em Lisboa), seis dias depois de ter sido internada com sintomas, explicou Lei Wai Seng.
O responsável lembrou que as três mortes já registadas em Macau foram de idosos portadores de doenças crónicas e apelou a esta faixa etária para ter cuidados extra durante o atual surto.
Macau tem atualmente mais de três mil idosos apoiados por cerca de 1.800 funcionários, 70% dos quais são não-residentes, em 36 lares em regime de gestão fechada, revelou o chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto de Ação Social, Choi Sio Un.
Está a decorrer uma nova série de quatro rondas de testagem massiva da população para controlar o atual surto de covid-19, que causou quase 1.600 infetados.
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