Carlos Zacarias, que falava no final de um encontro entre o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e representantes da Vulcan, avançou que as duas empresas e a Autoridade Tributária (AT) de Moçambique estão em negociações visando uma clarificação definitiva do valor a pagar ao Estado moçambicano pelo negócio.

"A Autoridade Tributária, o vendedor e o comprador estão em discussões para a clarificação do valor real a pagar", destacou.

No âmbito da operação, a multinacional indiana vai realizar investimentos nas minas e componente logística que comprou da Vale, mantendo igualmente os postos de trabalho, acrescentou.

O ministro dos Recursos Minerais e Energia adiantou que o destino provável do carvão a extrair das minas será as fábricas de aço da Vulcan na Índia.

No final de abril, a Vale anunciou ter concluído a operação de venda de ativos na exploração de carvão em Moçambique à indiana Vulcan Minerals, um negócio de 270 milhões de dólares (253 milhões de euros).

"A Vale comunica que concluiu no dia 25 de abril de 2022 o processo de transmissão responsável da operação de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala para a Vulcan Resources, com base no acordo vinculativo da venda de ativos", anunciado em dezembro, referiu a Vale Moçambique, numa nota à comunicação social.

As minas ficam situadas na província de Tete, centro de Moçambique, e, segundo a Vale, a transação obedeceu às condições definidas por lei.

A Vale esteve presente em Moçambique por 15 anos, tendo explorado a mina de Moatize e 912 quilómetros de ferrovia no Corredor Logístico de Nacala para o transporte de carvão.

No início de 2021 a empresa anunciou a pretensão de "desinvestir dos seus ativos de carvão" e apostar em "mineração de baixo carbono".

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