É preciso recuar até dezembro de 2017 para encontrar um valor superior de inflação homóloga (variação dos preços ao consumidor em relação ao mesmo mês do ano anterior), que na altura foi de 5,65%, segundo quadros do INE consultados pela Lusa.

A atual tendência de subida da inflação homóloga verifica-se desde agosto de 2020, altura em que se fixou em 2,75%, de acordo com os valores do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Moçambique.

Na mesma linha, a inflação média a 12 meses em Moçambique está a subir desde março de 2020, atingindo 3,33% em janeiro.

Em termos mensais, fevereiro registou uma inflação de 2,54% (janeiro tinha tido 1,18%), com as maiores subidas nas categorias de 'Alimentação e bebidas não alcoólicas' e de 'Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis'.

A cidade da Beira, no centro do país, liderou a tendência de aumento do nível geral de preços, seguida de Maputo (capital, a sul) e Nampula (norte).

O Banco de Moçambique anunciou em janeiro uma "substancial revisão em alta das perspetivas de inflação para o médio prazo" que refletem "a contínua depreciação do metical, num ambiente de maior agravamento dos riscos e incertezas".

Moçambique terminou 2020 com uma inflação de 3,52%.

Os valores do IPC são calculados pelo INE a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

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