Para José Severino, se a medida tivesse sido implementada anteriormente a "economia angolana seria diferente", porque ela vai promover o "desenvolvimento da indústria, criação de empregos e redução dos custos dos produtos".

O líder da AIA, que intervinha hoje na cerimónia de apresentação das novas regras sobre a importação de produtos pré-embalados, considerou que a medida das autoridades "é bem-vinda", defendendo, no entanto, a "redução dos custos" dos fatores de produção interna.

"É natural que haja que tomar algumas medidas que levem à redução de custos, porque na indústria de embalagens falta um elemento extraordinário que é o papel", observou.

Segundo o também economista, no fomento da indústria de embalamento, um dos propósitos da medida das autoridades, "poderá haver problema do encarecimento da embalagem local", pelo que "há que reduzir a carga tributária na importação de papel".

Pelo menos 15 produtos da cesta básica, entre o açúcar, arroz, farinha de trigo e de milho, feijão, leite em pó, óleo alimentar, ração animal, sal grosso e refinado e outros passarão a ser importados em Angola, em junho próximo, em "big bags" (embalagens de grandes dimensões).

José Severino exortou também o Ministério da Indústria e Comércio angolano a abordar com os operadores do setor o período para a implementação da medida, prevista para 17 de junho próximo, considerando que o prazo "é curto".

Poupança no custo do embalamento/enchimento na origem, potencial ganho para indústria do setor já instalada, poupança de divisas, criação de empregos diretos e indiretos são apontados pelas autoridades como ganhos com importação de produtos a granel.

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