
A projeção consta do Boletim Macrofiscal divulgado pelo Ministério da Economia.
O documento frisou que o cenário global mais favorável, embora ainda incerto, afetará positivamente o Brasil ao longo de 2021 e que os indicadores económicos internos mostram que a atividade económica permaneceu em trajetória de crescimento entre janeiro e março.
"Dessa forma, os resultados melhores no começo deste ano e a expectativa de continuidade do processo de vacinação, impulsionando o setor de serviços no segundo semestre, possibilitaram a revisão do crescimento do PIB para 2021 em 0,3 ponto percentual, para 3,5%", frisou o Governo brasileiro.
No entanto, as expectativas de crescimento do PIB brasileiro para 2022 permanecem em 2,5%, de acordo com o mesmo documento divulgado pelo Ministério da Economia.
"Para os anos posteriores, dentro do horizonte de projeção até 2025, mantiveram-se inalteradas as estimativas em relação à Grade de Parâmetros divulgada em março de 2021 (2,5%)", destacou o último Boletim Macrofiscal.
De acordo com o relatório, a incerteza nas projeções continua bastante elevada, pois as estimativas para este e os próximos anos dependerão do desenvolvimento da pandemia de covid-19 no país e do processo de vacinação.
A projeção para o PIB do Brasil está alinhada com a do mercado financeiro, divulgada na véspera, que estima um crescimento da economia de 3,45% em 2021.
A estimativa também se aproxima de dados divulgados pelo Banco Central brasileiro que em março estimou subida do PIB de 3,6% neste ano.
As projeções são positivas para o Brasil depois de a economia do maior país da América do Sul cair 4,1% em 2020, o pior resultado anual desde 1996.
Em relação à inflação, o documento do Ministério da Economia subiu a sua projeção de 4,42% para 5,05% em 2021, acima da meta estabelecida pelo Governo para este ano de 3,75%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A expectativa do Governo brasileiro está em linha com projeções feitas pelo Banco Central, que elevou sua projeção inflacionária para 2021 de 3,4%, calculada em dezembro, para 5% em março.
Se essa previsão se concretizar, a inflação no Brasil neste ano ficará acima da registada no final de 2020, de 4,52%, e a maior desde 2016.
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