
Em resposta à Lusa, sobre a ordem de trabalhos de uma convocatória para a assembleia-geral da empresa, os ministérios das Finanças e das Infraestruturas e Habitação referiram que, "de acordo com a decisão da Comissão Europeia de aprovação do Plano de Reestruturação", o "Estado português deve promover a redução do capital e absorção de prejuízos, e ainda o aumento do capital, no valor de 10 milhões de euros, por forma a que o Estado fique o único acionista".
As tutelas indicaram que "o valor destina-se a fazer face às despesas e responsabilidades da empresa", sendo que "a redução de capital ocorre por absorção de prejuízos, pelo que não há lugar a qualquer indemnização".
O Estado vai propor à assembleia geral da TAP um aumento do capital, seguido de uma redução em igual valor, e injeção de 10 milhões de euros, numa operação que não será acompanhada pelos outros acionistas, segundo uma convocatória conhecida esta terça-feira.
O Estado já controla quase 100% da TAP SGPS, com 50% nas mãos da Parpública e 45% a pertencerem à Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).
De acordo com o relatório e contas da TAP SGPS, relativo a 2021, "no dia 28 de dezembro de 2021 foi efetivada a transmissão das ações detidas pela HPGB representativas de 22,5% do capital social da TAP SGPS para a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, ficando esta última com uma participação de 45% no capital social da TAP SGPS".
Esta holding tinha ficado "com ações representativas de 22,5% do capital social e dos direitos de voto da TAP SGPS, bem como de prestações suplementares detidas pela Atlantic Gateway na TAP SGPS, deixando a Atlantic Gateway de ser acionista da TAP SGPS", segundo o mesmo relatório. Ou seja, a companhia deixou, nesta altura, de contar com este acionista privado.
Os restantes 5%, segundo o mesmo documento, estavam, no final de 2021, nas mãos de "um conjunto de acionistas, incluindo trabalhadores das empresas do universo TAP".
ALYN // JNM
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