Hoje de manhã, a Lusa divulgou que a greve dos trabalhadores dos Correios, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), contava com uma adesão de 12%, segundo os CTT, e de 60% de acordo com o sindicato.

Na altura, fonte oficial dos CTT frisou que a distribuição de correio "manteve-se em níveis normais ou perto do normal, a nível global do país, sendo que a distribuição do correio prioritário está garantida" e que "todas as lojas CTT estão abertas, com níveis de adesão à greve quase inexistentes".

Já o sindicato disse que, "até cerca das 11:30, 19 estações de correio estavam encerradas", algumas com a chefia e outras à espera de alguém para abrirem, e cerca de 44 centros de distribuição contavam com uma adesão de 100%.

Agora, o diretor de Recursos Humanos dos CTT, António Marques, sublinhou que "as únicas estações que estão fechadas" só o estão por se situarem "em localidades onde é feriado municipal".

As estações que estão fechadas localizam-se em Freixo de Espada à Cinta, Gafanha da Nazaré, Penamacor, Mação, Ílhavo, Mora, Constância, Cuba, Campo Maior, Avis, Nisa, Ponte Sor, Borba, Alter do Chão, Crato, Portel, Sousel, Redondo, Castelo de Vide e Vila Viçosa.

"Estas estações de correio têm direito ao feriado, até por via do Acordo de Empresa celebrado com os sindicatos, em particular com o SNTCT", disse António Marques, acrescentando que os 44 centros de distribuição também estarão nessas localidades.

Já o secretário-geral do SNTCT, Vítor Narciso, diz que as 19 estações em causa são outras e situam-se fora dessas localidades em feriado, afirmando que estas localidades nem sequer foram contabilizadas pelo sindicato para feitos de greve.

"As estações que estavam encerradas não têm nada a ver com essas estações [em feriado], que nem sequer as contámos, são outras estações. E, agora, estas [já] estão todas abertas, porque os CTT deslocaram pessoas para essas estações. Essas estações localizam-se no distrito de Lisboa, Porto, no Oeste, no Ribatejo e em Coimbra", disse Vítor Narciso.

Quanto aos centros de distribuição, acrescentou ainda, há alguns em que a adesão à greve é de 100% (só estão presente o chefe e o supervisor), situando-se em Santarém, Leiria, Setúbal, Lisboa e na região do Minho.

A greve de um dia foi convocada pelo SNTCT, um dos 11 sindicatos do setor, e em causa estão os valores sobre aumentos salariais.

Todos os sindicatos dos trabalhadores dos CTT chegaram na quarta-feira passada a acordo com a administração dos Correios, à exceção do SNTCT, que considera o aumento salarial proposto pela administração da empresa "ofensivo", mantendo por isso a greve de hoje.

JMG//CSJ

Lusa/fim