
Estas críticas foram feitas por António Costa, pela presidente da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, e pelo secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, no final da primeira ronda do debate parlamentar sobre política geral.
Segundo o líder do executivo, em outubro do ano passado, o presidente do PSD, para justificar o voto contra dos sociais-democratas ao Orçamento do Estado para 2021, caracterizou como "irrealista" a proposta do Governo, arriscando mesmo a previsão de que este ano, muito provavelmente, o país seria confrontado com um Orçamento retificativo.
"Chegámos a outubro de 2021 e não temos nenhum Orçamento retificativo", observou o primeiro-ministro, recebendo palmas da bancada do PS.
António Costa citou ainda afirmações de Rui Rio contra o aumento do salário mínimo nacional em 2021 (por alegadamente contribuir para um aumento do desemprego) e contra a descida das propinas no Ensino Superior.
"Ora, o desemprego não subiu e o desemprego até baixou. E o doutor Rui Rio até achou que, apesar da crise, o Governo não deveria ajudar as famílias para que os seus filhos frequentassem o Ensino Superior", referiu o primeiro-ministro.
Depois, neste contexto, António Costa defendeu que o país "está perante duas visões políticas, ambas legítimas, mas diametralmente opostas de olhar e enfrentar uma crise",
"O PSD, Rui Rio e o CDS-PP continuam a ter a visão de que às crises se responde com austeridade. A nossa convicção é que às crises de responde com solidariedade", sustentou.
PMF // SF
Lusa/Fim