Os números englobam as contas do Governo central, estados, municípios e empresas estatais, mas não incluem os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Entre janeiro e novembro as contas públicas do maior país da América do Sul registaram défice de 651,1 mil milhões de reais (102,5 mil milhões de euros) ou 9,58% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

O Banco Central do Brasil informou que a dívida bruta do país chegou a 6,5 biliões de reais em novembro (cerca de um bilião de euros), montante que equivale a 88,1% do PIB brasileiro. O dado indicou uma redução de 0,7 pontos percentuais na comparação com o mês anterior.

Apesar da queda em novembro, a dívida pública brasileira tem sido uma preocupação constante para as agências de classificação de risco. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta de outros países emergentes não passa de 50% do PIB.

Já o saldo negativo entre receitas e despesas do setor público brasileiro, incluindo Governo central, governos regionais, governos municipais, empresas estatais e o pagamento de juros da dívida, saltou 140,4% entre janeiro e novembro de 2020 em relação aos 11 primeiros meses de 2019, somando 939,5 mil milhões de reais (148 mil milhões de euros).

Pelas projeções do Governo brasileiro e dos economistas, o país sofrerá em 2020 a maior retração das últimas décadas com uma contração do PIB estimada entre 4% e 5%.

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