O Índice de Confiança do Consumidor, medido pelo centro de estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou em 81,7 pontos em novembro, uma queda de 0,7 pontos face ao mês anterior.

O indicador já havia caído 1,0 pontos em outubro em relação a setembro, o que, para a FGV, evidencia o agravamento da situação atual no país, como consequência do novo coronavírus e dos anúncios do Governo de Jair Bolsonaro de suspender no próximo ano os auxílios que vem atribuindo aos mais carenciados, para enfrentarem a pandemia.

"O resultado reflete a crescente incerteza em relação à pandemia e o seu potencial impacto na economia. Com o provável fim do período de benefícios de emergência, muitos consumidores que perderam os empregos neste ano procurarão retornar ao mercado laboral num momento em que as empresas ainda estão a adiar a contratação ou demissão de pessoas", afirmou a coordenadora do estudo, Viviane Bittencourt, em comunicado.

Apesar de os mais necessitados serem os mais afetados com a suspensão do subsídio do Governo, a situação preocupou ainda mais as pessoas com maiores rendimentos no Brasil.

Segundo o estudo, os brasileiros que mais ganham no país sul-americano estão pessimistas quanto ao futuro da economia e das finanças familiares.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (mais de 6,1 milhões de casos e 170.115 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.410.829 mortos resultantes de mais de 59,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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