
Durante a conferência de imprensa diária da Comissão, um jornalista perguntou se Elon Musk já tinha contactado a União Europeia (UE) para instalar ali os seus negócios.
"Ele é muito bem-vindo", respondeu, com um sorriso, a porta-voz comunitária Paula Pinho.
Já antes, com rosto mais sério, um outro porta-voz da Comissão, Thomas Regnier, tinha dito que todos os empresários são bem-vindos, se quiserem instalar os seus negócios e estabelecer-se na UE.
"Este é precisamente o objetivo do 'Choose Europe' ['Escolha a Europa']", acrescentou Regnier, referindo-se ao programa da UE para 'startups' e empresas em expansão.
Donald Trump e Elon Musk entraram em confronto público nos Estados Unidos, na quinta-feira, acusando-se mutuamente de "loucura" e de "ingratidão", depois de longos meses de uma colaboração muito próxima, durante a qual o homem mais rico do mundo foi responsável por um departamento - o polémico DOGE, na sigla em inglês - destinado a fazer cortes na administração norte-americana.
O desacordo surgiu depois de Musk ter criticado o plano orçamental de Trump, que classificou como "uma aberração nojenta".
"A forma mais fácil de poupar milhares de milhões de dólares no nosso orçamento seria cancelar subsídios e contratos governamentais" com a Tesla e a SpaceX, ameaçou Trump, referindo-se a duas das principais empresas de Musk.
Na rede X, Elon Musk respondeu que a SpaceX "começará imediatamente a desativar a sua nave espacial Dragon", que está a ser utilizada pela NASA para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional (EEI).
Algumas horas depois, Musk pareceu recuar nesta intenção de desativar a Dragon, mas a verdade é que esta troca de palavras já tinha feito a empresa de veículos elétricos Tesla cair cerca de 15% nas bolsas de valores.
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