"Infelizmente por via da reincidência temos estado a restringir que cidadãos que liguem para o CISP de forma abusiva sejam bloqueados e, nesta altura, já temos um número significativo de terminais e acima três centenas de cidadãos estão impedidos de aceder o CISP por via telefónica", afirmou hoje o coordenador do sistema tecnológico, Carlos Albino.

O responsável, que falava hoje aos jornalistas no âmbito das celebrações do primeiro ano do CISP, apelou para uma "mudança de comportamento e maior responsabilidade dos cidadãos para a gestão coletiva de um bem que todos nós pagamos".

O CISP, construído numa área de cerca de 8.000 metros quadrados, possui uma sala de videovigilância, uma de atendimento ao despacho, um centro de comando de respostas rápidas e um laboratório, podendo o cidadão aceder aos serviços através da linha de telefone de emergência 111.

A primeira instituição do género, localizada em Luanda, foi inaugurada, há um ano, pelo Presidente de Angola, João Lourenço.

Carlos Albino, que destacou a funcionalidade tecnológica da infraestrutura, defendeu a certificação internacional do CISP "porque por via dela o Estado angolano pode obter recursos bonificados por via das organizações internacionais".

A "atualização de sistemas dessa natureza requerem disponibilização de recursos permanentes e a depender única e simplesmente dos recursos ordinários do Tesouro provavelmente conheceremos algumas dificuldades", observou.

Entre os desafios do CISP, um ano depois, adiantou, estão o capital humano e a extensão do sistema de videovigilância pelo país, recordando que o organismo, que conta já com um congénere em Benguela, foi concebido em todo o território angolano.

"Estão nesta fase em construção cinco sedes províncias do CIS nas províncias de Luanda, Huambo, Benguela, Huíla e Cabinda a iniciar nos próximos dias e os desafios são esses e a melhoria diária do sistema", concluiu.

DYAS // PJA

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