
No ano, o indicador acumulou uma subida de 4,78% e, nos últimos 12 meses, o crescimento totalizou 11,73%, abaixo dos 12,13% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2021, alta dos preços no país sul-americano havia sido de 0,83%.
Segundo o IBGE, a maior variação dos preços veio do grupo vestuário, (2,11%), que causou um impacto de 0,09 pontos percentuais no indicador.
Já o maior impacto (0,30 pontos percentuais) veio dos preços medidos no segmento de transportes (1,34%), que desaceleraram face ao mês anterior (1,91%).
No caso dos transportes, os dados mostram que o aumento foi suportado pelas passagens aéreas (18,33%), que já tinham subido em abril (9,48%), sendo o maior impacto individual positivo no índice do mês (0,08 pontos percentuais), juntamente com os produtos farmacêuticos, que subiram 2,51% (impacto de 0,08 pontos percentuais) e fazem parte do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,01%).
O gerente da sondagem do IBGE, Pedro Kislanov, frisou que a subida dos transportes ocorreu devido a dois fatores: "elevação dos custos devido ao aumento nos preços dos combustíveis; e pressão de demanda, com o aumento do consumo, após um período de demanda reprimida por serviços, especialmente aqueles prestados às famílias".
Segundo o responsável, também com impacto na alimentação fora do domicílio e itens de cuidados pessoais.
No caso dos produtos farmacêuticos, foi autorizado em abril pelo Governo brasileiro um reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos que pode ter tido impacto sobre os preços de forma gradual, segundo o IBGE.
O único grupo a apresentar queda de preços em maio foi habitação (-1,70%), contribuindo com um impacto de -0,26 ponto percentual na inflação brasileira.
A subida de preços tem sido um desafio para o Banco Central brasileiro, que já admitiu que a meta de inflação deve superar pelo segundo ano seguido o teto estabelecido de 3,5% para 2022, com margem de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o último boletim Focus, estimativa divulgada pelo Banco Central brasileiro que leva em conta previsão de analistas de mercado, a inflação no Brasil em 2022 deve ficar em 8,89%.
CYR // JH
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