
"O Conselho de Administração do Banco de Moçambique, reunido em sessão extraordinária, deliberou reduzir em 150 pontos base os coeficientes das reservas obrigatórias em moeda nacional e em moeda estrangeira, com efeitos a partir do período de constituição que se inicia em 7 de abril", lê-se no documento.
A decisão visa "libertar liquidez para o sistema bancário enfrentar, com maior resiliência, os riscos crescentes decorrentes dos impactos macroeconómicos" da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Com a alteração hoje anunciada, o coeficiente de reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional passa para 11,50% e para os passivos em moeda estrangeira passa para 34,50%.
O banco central considera que "as perspetivas de inflação para o médio prazo continuam favoráveis, porém, o agravamento do risco da pandemia de Covid-19 exige que o sistema financeiro esteja suficientemente preparado, com liquidez necessária, para dar resposta célere aos possíveis efeitos negativos", conclui.
O novo coronavírus já infetou, desde dezembro até hoje, 168.250 pessoas e causou 6.501 mortes, segundo o último balanço divulgado hoje.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o epicentro da pandemia deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.
O número de infetados a nível mundial ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 331 casos confirmados.
Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram.
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Lusa/fim