"A decisão assenta na manutenção das perspetivas de inflação em um dígito, apesar da prevalência de riscos e incertezas elevados, sobretudo os decorrentes dos impactos da covid-19", lê-se no documento.

Adicionalmente, o CPMO decidiu "reduzir os coeficientes de reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional de 11,50% para 10,50% e em moeda estrangeira de 34,50% para 11,50%, visando disponibilizar mais liquidez para a economia".

A inflação anual situou-se em 5,6% em agosto, após 5,5% em julho, num contexto de menor depreciação do metical face ao dólar norte-americano, nota o banco central.

Para o curto e médio prazo, prevê-se que "a inflação se mantenha em um dígito, apesar das perspetivas de aumento dos preços dos alimentos e do petróleo no mercado internacional", acrescenta.

Na nota de hoje, o CPMO refere que se consolidam as perspetivas de recuperação gradual da economia em 2021 e 2022, "impulsionada, sobretudo, pela procura externa". 

O produto interno bruto (PIB) cresceu 2% no segundo trimestre face ao mesmo período de 2020, "em virtude da recuperação de maior parte dos setores de atividade económica", conclui.

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