"O consórcio Shah Deniz anunciou hoje o início das entregas comerciais de gás para a Europa a partir do campo de gás Shah Deniz, no mar Cáspio, próximo do Azerbaijão", informa através de um comunicado o posto local da britânica BP, operadora deste projeto que envolve também a TPAO (19%), a Petronas (15,5%) e outras, entre as quais a russa Loukoil.

Localizado ao largo deste país ruço em hidrocarbonetos, o Cáucaso, o campo gigante de Shah Deniz, descoberto em 1999, pode conter cerca de 1.000 bilhões de metros cúbicos de gás numa área de 860 quilómetros quadrados, de acordo com estimativas.

A primeira fase do projeto, Shah Deniz 1, iniciou a produção em 2006.

"Alguns estavam céticos em relação ao projeto, mas a missão foi cumprida. O gás natural do Azerbaijão chegou à Europa. Vindo de uma nova fonte, por uma rota alternativa, ele contribuirá para a segurança energética da Europa", declarou o diretor da companhia petrolífera azeri SOCAR, Rovnag Abdoullaïev, citado no comunicado de imprensa da BP.

O diretor da BP no Azerbaijão, Geórgia e Turquia, Gary Jones, considerou que "este é um marco histórico que vê o Azerbaijão e a Europa ligados por um vínculo energético direto, seguro e fiável".

Estimado em 28 bilhões de dólares, este projeto é um elo do "Corredor de Gás do Sul", um complexo de três gasodutos que deverá permitir aos europeus abastecer-se via Turquia, Grécia, Albânia e Mar Adriático, esperando reduzir a sua dependência do gás russo.

Concluída em 2020, esta rede comporta 3.500 quilómetros de gasodutos que permitem o transporte de 10 bilhões de metros cúbicos de gás por ano para a Europa e seis bilhões para a Turquia.

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