
Em mais um capítulo do grande dérbi do Minho, o Vitoria Sport Clube e o Braga não foram além de um empate que “deixou a desejar”, numa partida onde houve vontade, isso é facto, mas sem eficácia.
O confronto realizou-se no Estádio D. Afonso Henriques, campo que teve, neste jogo, o seu recorde de público na atual temporada com cerca de 28 000 pessoas. Sem dúvida que fora de campo os adeptos deram um espetáculo estando a cantar do início ao fim do confronto.
Nos minutos iniciais foi notório o respeito de ambos os lados. Pouco risco nas saídas a jogar, devido à pressão exercida, e uma aposta clara na velocidade dos homens da frente, com Telmo Arcanjo, do Vitória SC, a ser um dos jogadores mais ativos. O primeiro quarto de hora foi conduzido pelos vimaranenses.
A partir dessa altura o dérbi do Minho ficou marcado por um futebol muito ofensivo, parte a parte. Os extremos de ambas as equipas foram o destaque, à cabeça Roger Fernandes e Arcanjo, sendo explorados a todo o instante com variações de jogo. Do Vitória Tiago Silva, como de costume, foi quem pautou e dos bracarenses era Ricardo Horta ou João Moutinho. Estes homens foram a “cola” dos seus conjuntos.
Contudo, apesar da vontade, não houve oportunidades claras, na primeira parte, além de um remate de Roger – já na reta final – em que Bruno Varela foi obrigado a fazer uma intervenção com maior dificuldade.
Ao longo dos 90 minutos, o Vitória SC foi quem deu sinais de estar mais perto do golo, mas sem objetividade ficou difícil colocar os bracarenses numa posição de desconforto.
Já na segunda parte, Carvalhal mexeu com Robson Bambu no lugar de Arrey-Mbi, mudança que manteve as setas viradas para a sua baliza. Os vitorianos pareciam estar perto de um tento que lhes daria a vantagem e o conforto que necessitavam para se aproximar dos lugares cimeiros da tabela, no entanto, apesar das tentativas de Villanueva, Nuno Santos e Telmo Arcanjo, Lukas Hornicek – guarda-redes do Braga – não teve trabalho.
O domínio existia, mas a certa altura o dérbi viveu de duelos no meio-campo, sem grandes motivos para sorrir para quem estava a assistir. A expectativa que existia neste clássico do futebol português foi se esfumando ao mesmo tempo que o jogo ia chegando ao fim.
Perto do apito final acabaria por surgir a melhor oportunidade do encontro com Jesús Ramírez em destaque, numa finalização que faltou pontaria. A jornada mais esperada fica marcada por muito equilíbrio, intensidade e ausência de golos.
Na minha opinião, os melhores em campo foram Tiago Silva e Telmo Arcanjo. Tanto o médio como o extremo foram os mais inconformados, um a administrar e o outro a agitar.
Este empate na 22.ª jornada deixa o Braga em quarto lugar da Primeira Liga com 44 pontos e o Vitória SC está com 31 pontos na sétima posição.