Para celebrar a subida do Sporting B à Liga 2 e também para lançar a nova camisola para 2025/26, três jovens atletas leoninos estiveram esta quarta-feira presentes na Loja Verde, no Estádio José Alvalade, para uma sessão de autógrafos: Manuel Mendonça, Mauro Couto e Flávio Gonçalves.

A BOLA falou com os três, mas primeiro com o capitão que liderou a equipa neste regresso ao segundo escalão, sete anos depois, um motivo de enorme orgulho para o médio de 20 anos. «Foi algo que ambicionávamos muito, apesar de não ter sido um objetivo primário. Nós tínhamos sempre em mente que tínhamos de ganhar todos os jogos e focar-nos apenas passo a passo, foi muito por aí. Sendo capitão foi muito fácil, porque sem dúvida que tive uma equipa que remava toda para o mesmo lado. Tínhamos todos a mentalidade certa, ajudávamo-nos muito uns aos outros e assim foi muito mais fácil», começou por dizer Manuel Mendonça, abordando as mudanças de treinador ao longo da época.

«Sem dúvida que é um pouco mais difícil, porque temos de nos adaptar rapidamente a um novo treinador, ideias novas, mas sem dúvida que foi um ponto importante também, porque apanhámos um pouco de todos e sem dúvida que conseguimos ainda ser mais equipa e agarrarmo-nos uns aos outros jogadores para conseguirmos essa conquista», explicou, desvalorizando o regresso de João Pereira e enaltecendo o trabalho de João Gião.

«Foi um regresso normal, já o conhecíamos. Ele ajudou-nos, disse que a mentalidade agora era só ali, focados no que tínhamos de fazer, que era ganhar o próximo jogo, que era o jogo contra o 1.º de Dezembro. Foi muito por aí essa mentalidade, depois ele teve de rumar a outros objetivos e veio o João Gião que nos veio ajudar e muito, deu-nos uma grande maturidade e uma grande visão daquilo que tínhamos de fazer para conquistarmos coisas coletivas, e foi muito por aí, estamos muito felizes»,acrescentou, não revelando se vai ou não renovar (está em final de contrato).

«Isso agora vamos ver. Sou jogador do Sporting, por isso estou muito feliz em estar aqui, quero estar aqui muitos mais anos. É um clube que me deu tudo, desde o primeiro dia que estou aqui, já sei vestir esta camisola desde os seis anos, sou muito grato por tudo o que fizeram por mim e espero que seja assim por muitos mais anos», atirou, comentando a estreia na convocatória da equipa principal, apesar de não ter chegado a pisar o relvado.

«Apesar de não me ter estreado foram momentos muito importantes, foi algo que nunca me vou esquecer e tenho de agradecer a oportunidade de ter sido convocado pelo mister Rui Borges. A oportunidade vai surgir agora certamente e quando ela surgir eu vou agarrá-la com tudo o que tiver para ter mais oportunidades como estas. Agradecer pela oportunidade que ele me deu de me ter convocado para viver de perto um pouco do que os jogadores da equipa já vivem e já sentem há algum tempo. Sentir os adeptos, a vibração dos adeptos no Estádio José Alvalade, sem dúvida que foi muito bom para mim», garantiu, lamentando não ter atingido mais do que os oitavos de final na Youth League (Estugarda, 2-3).

«Sim, nós sem dúvida que tínhamos a ambição de querer mais e de chegar mais à frente, não conseguimos. Ficou um sentimento assim meio amargo, sabemos que tínhamos capacidade para isso, tínhamos uma equipa muito boa. Aquele jogo se calhar não correu tão bem, mas é mesmo assim, é uma competição europeia, um jogo não corre bem e é o determinar de uma competição, mas sabemos que demos o nosso melhor. Valorizámos muito como jogadores e isso também foi muito importante», disse, falando ainda sobre a sua experiência da festa no Marquês.

«A minha experiência oficial foi subir à Liga 2 e pegar os meus amigos e ir para o Marquês festejar, porque nós também devemos muito a eles. Eles estão sempre muito perto de nós, dão-nos muito conselhos e esta subida é tanto nossa, mas também é um pouco deles, porque eles têm sempre esse afeto e esse carinho para nos ajudar e para nos apoiar e é engraçado que eles tinham acabado de ser bicampeões e vieram-nos dar um abraço, a dizer que nós merecíamos muito e que estavam muito contentes por nós», revelou, apontando à conquista da dobradinha.

«Espero que consigamos ganhar este jogo, que é muito importante para acabar com a cereja no topo do bolo e que seja assim por muito mais tempo, que o Sporting vença e consiga conquistar muitas coisas, porque assim o merece», finalizou.

Mauro Couto: «Campeão Nacional? É o ponto máximo»

Também Mauro Couto, campeão nacional — jogou os últimos minutos na visita do Sporting a Barcelos (0-0), frente ao Gil Vicente —, comentou a subida de divisão e fez questão de destacar o feito que a sua equipa alcançou com a subida à Liga 2.

«É motivo de orgulho para todos. Já muitas gerações passaram aqui na equipa B, muitos jogadores que chegaram muito longe, Premier League, LaLiga, equipa principal, que não conseguiram este objetivo. Nós conseguimos, é algo que nos deixa muito orgulhosos, muito felizes, porque toda a gente quer fazer parte da história. Estamos todos muito contentes com o desfecho desta época», começou por dizer, falando sobre a troca de treinadores.

«Acho que foram todos igualmente importantes, todos pontuaram, todos nos ajudaram, todos nos deram alguma coisa que nos trouxe no final a subida. E acho que eu, assim como o grupo, lidámos todos muito bem, porque somos todos muito unidos. Essas mudanças podiam trazer algumas dificuldades... há treinadores que gostam mais de um jogador do que de outros, isto vai ser sempre assim, há jogadores que eram titulares, chegou o treinador e foram para o banco, mas acho que toda a gente olhou isso de forma positiva, de forma a aprender mais. E lá está, nenhum ego entrou no nosso grupo e conseguimos todos o objetivo», explicou, comentando o facto de ser campeão nacional.

«É o ponto máximo, é o título maior em Portugal e é algo que eu me orgulho muito de fazer parte. Quando fui chamado para a equipa principal, obviamente que eu tive muito orgulho, algum nervosismo, como é óbvio, mas assim que recebemos as instruções daquilo que temos que fazer é mais um jogo de futebol. Portanto, acho que abracei isso de forma tranquila e lá está, estou muito feliz por ter tido a oportunidade e por ter tido este estatuto de campeão nacional. Liga dos Campeões? «Fui convocado, são jogos sempre diferentes, é outra atmosfera, é a Liga dos Campeões, a maior competição europeia. Portanto, é algo que também me deixa muito orgulhoso poder ter participado e ter visto tão bons jogadores de perto e lá está, é algo que também me deixa muito feliz.», afirmou, apontando para a próxima equipa, na Liga 2.

«Sim, acho que vai ser bom para todos. É um patamar acima, estamos mais próximos da Liga, estamos todos mais próximos do objetivo. Portanto, acho que vai ser bom para todos, todos os jovens que começam agora a chegar à equipa B, vai ser bom para todos porque lá está, é um patamar acima, ainda mais alto do que a Liga 3, mais perto da equipa principal e isso é bom para todos», garantiu, contando a sua experiência da festa do bicampeonato.

«Foi incrível estar no Marquês, ver os adeptos a cantar por nós. O ano passado eu estava no Marquês, mas longe do lado do público a festejar com eles, a ver os jogadores e a sonhar um dia a estar ali e chegou esse dia no passado fim de semana. É algo que me deixa muito feliz ver a minha família lá comigo a desfrutar de um momento que sonhámos por tanto tempo. Os meus primos e eu sempre tivemos este objetivo de ser campeão nacional, eu sou o grato e o sortudo de o conseguir ter feito, mas é uma conquista dos três e acho que eles estavam muito orgulhosos de mim também nesse dia», revelou, apontando também à conquista da Taça de Portugal - estreou-se nessa competição em Alvalade frente ao Santa Clara (2-1).

«Sabemos que vai ser um jogo complicado. A equipa está a trabalhar certamente para a vitória, como encaramos todos os jogos, sabendo da dificuldade e do quão bom é um jogo da Taça no Jamor, portanto é mais um título que podemos conquistar e é mais um título que certamente vamos fazer tudo para obter na nossa prateleira», finalizou.

Flávio Gonçalves: «Foi um ano muito bom para o Sporting»

Por fim, Flávio Gonçalves, jovem de 17 anos da equipa B, afirmou estar «muito orgulhoso por fazer parte deste plantel»: «Temos um plantel muito unido e ajudamo-nos uns aos outros para concretizar esse objetivo. Mudança de treinador? Como eu disse, nós somos um grupo muito unido e ajudámo-nos uns aos outros sempre, nunca nos deixámos cair e acho que foi isso que fez com que nós subissemos para a Liga 2

«Festa no Marquês? Fiquei muito feliz por ver os meus colegas felizes. Foi um ano muito bom para o Sporting e espero que se repita mais vezes. Final da Taça de Portugal? Espero que o Sporting ganhe», atirou.