Conhecido pelos desafios já realizados em 2013, quando fez a ligação do Porto a Lagos, e em 2014, quando ligou as Ilhas Selvagens ao Funchal, Francisco Lufinha, recordista mundial da maior viagem de kitesurf sem paragens, propõe-se agora a estender a meta.

A partida será feita do Terreiro do Paço, em Lisboa, com chegada ao Funchal, uma distância de 520 milhas náuticas (943 quilómetros), acompanhado por uma equipa de oito pessoas em mar e três pessoas em terra.

O anúncio foi feito por Francisco Lufinha, já dentro de água, uma vez que começou hoje a testar a sua resistência, ao propor-se a uma maratona de 36 horas seguidas em cima de uma prancha, na piscina oceânica, em Oeiras.

"Calculo que pensem que sou maluco ou um bocadinho 'avariado', mas isto tem um propósito. A prancha é muito instável e tenho de ver se me aguento nestas condições", disse.

A preparação de Francisco Lufinha, que decorre desde as 09:00, pode ser acompanhada pelo público.

Para a 'odisseia', que deverá acontecer em junho mas ainda sem data prevista, Francisco Lufinha refere que a "maior ameaça" será a falta de vento e o maior perigo será perder-se.

"Sem vento não consigo atravessar, essa será a maior ameaça, mas o maior perigo é se, por acaso, perder-me do barco de apoio, se tiver alguma avaria, mas isso é o cenário menos provável", contou.

Com o apoio da família, também ela ligada a desportos náuticos, Francisco Lufinha adiantou que a sua principal motivação é o desafio por si só.

"Está-me no sangue ir mais além e querer fazer coisas diferentes. O número de horas no mar vai ser um abuso, mas eu sou um homem do mar", concluiu.

MYDM // NF.

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