O Boavista está com um pé fora da Liga, com quota parte de responsabilidade de um jogador que esteve com um pé fora do clube. Bozeník esteve quase no Salt Lake City, da MLS, no mês passado, mas à última hora falhou o acordo entre clubes. Só que, a ver pelo dérbi deste domingo, o eslovaco pareceu ter ficado por lá. Claramente, jogou noutro fuso horário, sempre adiantado em relação à defensiva portista — foi apanhado meia dúzia de vezes em fora de jogo, fora os lances em que estava em posição ilegal mas a bola não foi para ele.

As dificuldades nas desmarcações retiraram capacidade para o Boavista aproveitar a linha subida da defensiva portista. Diaby e Reisinho ainda conseguiram surgir nas costas dos adversários, bem servidos por Seba Pérez, mas não conseguiram aproveitar (50' e 71'), nas duas melhores oportunidades para empatar. O português, ainda assim, teve o mérito de não tremer no penálti caído do céu.

Atrás, Vaclík foi garantia de segurança, e defendeu tudo o que havia para defender — o golo de Mora entrou na gaveta e no segundo do FC Porto foi traído pelo desvio à queima-roupa de Marcano —, que não foi muito. Mas a noite foi de vários erros individuais da defesa, da forma como Kakay foi driblado por Mora no primeiro golo a maus passes de Fogning (mesmo assim, bateu-se como um leão e tirou várias vezes o pão da boca a Samu) ou Abascal na saída de bola.

As notas dos jogadores do Boavista: Vaclik (6); Kakay (4), Abascal (5), Fogning (6), Filipe Ferreira (4); Seba Pérez (6), Joel Silva (5); Reisinho (6), Diaby (5), Salvador Agra (4); Bozenik (3); Ariyibi (-), Van Ginkel (-).