Filipa Patão analisou a vitória do Benfica diante do Sporting. Treinadora respondeu à questão do Bola na Rede.

Filipa Patão fez o rescaldo da vitória do Benfica sobre o Sporting nos quartos de final da Taça de Portugal Feminina (3-2). O Bola na Rede esteve no Estádio da Luz e, no final do jogo, teve a possibilidade de colocar uma questão à treinadora das águias.

AQUI a pergunta e resposta a Micael Sequeira, treinador do Sporting.

Bola na Rede: O plano de jogo do Benfica envolvia uma concentração de perfis muito associativos à esquerda e uma maior chegada pela direita. Qual o impacto da Capeta estar a fechar o corredor na delineação desta estratégia e que avaliação faz do losango em termos de domínio do jogo?

Filipa Patão: O losango é uma coisa que nos vem caracterizando ao longo da época. Nunca perdemos o losango apesar de às vezes a nossa 10 poder estar mais próxima de zonas ofensivas, como é o caso da Nycole [Raysla]. Às vezes pode parecer que não está lá, mas vivemos muito das quatro do meio-campo. Hoje tivemos uma pequenina nuance, com a Mimi Alidou como uma espécie de segunda avançada, uma falsa ala avançada para permitir que a Marit [Lund] fosse projetando. Quando projetada, a Mimi levava sempre a defesa do Sporting para dentro o que lhe dava algum espaço para subir e, com a envolvência da [Andreia] Norton nos corredores laterais criava uma dinâmica mais em posse para entrar no último terço ofensivo e explorar o lado contrário que era o que nós queríamos, explorar a 10 e a interior do lado contrário. À direita temos uma jogadora com características um bocadinho diferentes, como é o caso da Lúcia [Alves]. É uma jogadora muito mais para servir para conseguirmos cruzamentos. Não é preciso esse jogo associativo, mas servi-la nos momentos certos. Na primeira parte faltou um bocadinho isso, jogámos muito pelo lado esquerdo e faltou bola pelo corredor direito, para a Lúcia ir no 1X1 e conseguir ir para situações de cruzamento. Na segunda parte conseguimos ir ter mais bola do lado direito e a Lúcia mais envolvida e subida no terreno. A entrada da [Catarina] Amado trouxe características diferentes, porque é mais ofensiva que a Marit e acabámos por passar a Lúcia para a esquerda. A ideia do jogo era ter uma dinâmica mais associativa e de posse do lado esquerdo e mais verticalidade e situações de cruzamento do lado direito. A peça fulcral e chave do jogo foi a Mimi Alidou e o seu posicionamento para conseguirmos a assimetria da nossa linha de 3, que muitas vezes era uma linha de 4, e nunca prescindir do nosso losango que é a peça fulcral do nosso jogo coletivo.