Os bracarenses quebraram a invencibilidade caseira do campeão nacional Sporting (2-1), pondo termo a dois jogos sem vencer, ambos em casa (derrota com o Marítimo, 1-0, e empate com o Famalicão, 2-2).

O técnico admitiu que essa vitória pode ser o 'click' que faltava e ajudar a equipa a estabilizar, num contexto de forte aposta em jogadores mais jovens.

"As vitórias ajudam sempre no crescimento das equipas. Lembro que estamos a meter jovens num contexto nada fácil, para ganhar jogos e não a entrar com resultados confortáveis. As vitórias dão sempre alento e mais confiança e ganhar no campeão nacional, onde ninguém tinha vencido para o campeonato, obviamente que é um bom reforço para todos nós", disse.

Já o Moreirense, sob o comando do novo técnico, Ricardo Sá Pinto, regista uma vitória (fora, com o Vizela, 1-0), um empate (fora, com o Benfica, 1-1) e uma derrota (em casa, com o Santa Clara, 2-0), esta na última ronda.

Carlos Carvalhal disse esperar um "jogo difícil com uma equipa que empatou na Luz há bem pouco tempo, foi ganhar a Vizela, um campo muito difícil, e não foi muito feliz no último jogo, mas tem muita competência, defende bem, transita bem em termos ofensivos".

"Temos que ser pacientes, respeitar muito o Moreirense, não os deixar transitar como eles gostam, porque são perigosos, e depois com paciência e a ajuda dos nossos adeptos desmontar a sua estrutura. Acredito, até em função do nosso último resultado e da semana de trabalho, que a equipa vai estar muito positiva para o jogo e fazer tudo para ganhar", disse.

Carlos Carvalhal lembrou ter trabalhado com Ricardo Sá Pinto no Sporting (em 2009/10), quando o atual técnico dos 'cónegos' era diretor desportivo dos 'leões', "um amigo" a quem deseja "o melhor, menos no próximo jogo".

"Tem tido um trabalho que não é fácil, porque não é fácil assentar uma foram de jogar com a entrada e saída de vários treinadores, mas encontrou uma fórmula e, com mérito, foi feliz vencendo logo no Vizela e depois ao empatar na Luz. Com naturalidade, o Moreirense vai estabilizar e o Ricardo vai conseguir fazer um bom trabalho de certeza absoluta", disse.

Carvalhal aludiu ao facto de ter havido "11 ou 12 jogadores que já foram infetados" com o coronavírus SARS CoV2 recentemente no Sporting de Braga, "para além de algumas lesões de jogadores importantes", o que pode explicar a "irregularidade" da equipa.

O treinador elogiou o papel de Castro, que regressou à titularidade diante do Sporting depois de ausência prolongada devido a lesão.

"A verdade é que quando o Castro está presente temos intensidade dentro de campo com e sem bola, sentimos que a intensidade sobe exponencialmente, pela sua capacidade, experiência, posicionamento e atitude. Transmite muita energia e isso ajuda muito e é muito importante nesse sentido", disse.

Sobre o mercado, o treinador lembrou que, como em qualquer clube, pode haver saídas até ao último dia, mas, quanto às entradas para colmatar essas eventuais transferências, elas virão das equipas mais jovens do clube: "só dentro da nossa 'quinta', de um lote de terreno para o outro", brincou.

Gorby marcou o golo decisivo diante dos 'leões' e, frisando que "qualquer jogador do Braga é um potencial titular", Carlos Carvalhal lembrou que o jovem médio francês tinha feito a estreia na equipa principal num jogo da Taça de Portugal (Moitense) e "depois fez 90 minutos com o Marítimo", na I Liga.

"Fez um golo e teve esse impacto mediático, mas relembro que o Rodrigo Gomes, que tinha 17 anos, entrou mais cedo e podia ter feito um golo dois ou três minutos antes e o mediatismo podia estar nele", disse.

Paulo Oliveira, cumprido um jogo de castigo, e Tiago Sá, Yan Couto e Lucas Mineiro, recuperados da infeção pelo coronavírus SARS CoV-2, estão de regresso às opções do treinador.

Sporting de Braga, quarto classificado, com 35 pontos, e Moreirense, 15.º, com 16, defrontam-se a partir das 18:00 de domingo, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por João Pinheiro, da associação de Braga.

GYS.

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