
Alex Costa, ex-lateral direito, fez a sua formação no V. Guimarães, deu nas vistas no Fafe e no Moreirense, mudando-se para o Benfica. Não se conseguiu impor de águia ao peito e foi cedido ao clube do seu coração. Depois de uma passagem pelo Wolfsburgo, da Alemanha, voltou à cidade berço e não saiu mais. Nessas quatro temporadas (2009 a 2013), Alex participou nos dois últimos triunfos caseiros dos conquistadores, frente aos encarnados, por 2-1, em 2010/11 e por 1-0, em 2011/12.
Agora é treinador e tem a certeza que o Benfica não vai ter vida fácil este sábado.
«O Estádio D. Afonso Henriques é sempre especial para qualquer atleta, é sem dúvida um dos grandes palcos do futebol nacional. Nestes jogos significa casa cheia e é dos poucos estádios em que o Benfica não joga em casa, em Portugal. Vai estar composto na sua maioria por vitorianos que trazem intensidade e influenciam de uma forma muito significativa o jogo. Motivam e tornam os jogadores mais capazes. Vai ser uma partida de grande pressão e acredito que vai ser um grande jogo. O Vitória, no caminho crescente que vem tendo, vai entrar para ganhar.»
O triunfo em 2012, na jornada 19 da Liga, é o que está mais presente na sua memória, pois recorda-se do desenrolar desse campeonato e de como o V. Guimarães assumiu um papel decisivo.
«Nesse tempo tínhamos um saldo bem positivo, recordo-me que numa temporada [2011/12] o Benfica começa a perder o título em Guimarães. Eles com grandes equipas, sem dúvida nenhuma, mas lá está, jogar ali é sempre complicado, num ambiente que empurra a equipa. Noites que todos esperávamos e que todos gostávamos de vivenciar. Jogar no D. Afonso Henriques é sempre especial, ainda mais, claro, nestes encontros.»
Alex Costa também explicou como é que a cidade vive os dias que antecedem estes encontros e revelou por quem o seu coração vai estar a torcer.
«Guimarães é uma cidade que por si só vive muito o clube, independentemente do adversário. A equipa vive uma fase muito boa e sente-se que a equipa está a ser acarinhada pelo público. O estádio vai estar lotado, com certeza, e vai ser difícil para o Benfica. Respeito muito todos emblemas que representei, como jogador ou treinador e não gosto de cuspir no prato em que comi. Respeito muito o Benfica, mas toda a gente sabe que sou do Vitória e vou estar a puxar por eles, espero que ganhem e continuem neste bom momento.»
O ex-lateral também pertencia ao plantel que conquistou a Taça de Portugal, em 2012/13, com um triunfo por 2-1, perante as águias, no Jamor. Apesar de não ter participado no jogo, Alex guarda essa conquista no seu cofre de memórias felizes.
«Um momento especial, a par da primeira internacionalização por Portugal. Foi um momento único na minha carreira. Estive lesionado toda a semana e só recuperei em cima da hora, só consegui estar no banco e foi espetacular viver tudo aquilo. Viver aquilo, com a nossa cidade em peso no Jamor foi brutal. É um clube demasiado grande para não ter mais títulos no seu palmarés. Está a fazer o seu caminho e com certeza que o futuro será risonho.»