A polémica em torno da grande penalidade de Julián Álvarez nos oitavos de final da Liga dos Campeões, que foi anulada por dois toques na bola e resultou na eliminação do Atlético de Madrid, já tem uma solução à vista. Não para os colchoneros, que não têm como voltar atrás no tempo, mas para situações futuras. A International Football Association Board (IFAB) admitiu que o que aconteceu com o argentino não estava coberto pelos regulamentos e, por isso, fez uma adenda às regras.

A partir de julho de 2025, se um futebolista fizer golo através de marca de grande penalidade e tiver tocado inadvertidamente por duas vezes na bola, o castigo máximo será repetido. Vale a pena ressalvar, contudo, que esta regra só se aplica em caso de golo. Se a grande penalidade for falhada, não há lugar a repetição.

Com esta mudança, a IFAB pretende impedir que volte a suceder um caso polémico como o do dérbi de Madrid e tapar um «buraco» nas leis do jogo. A informação foi adiantada através da circular número 31 do organismo.

«Esta situação é rara e, uma vez que não está diretamente abrangida pela Lei 14, os árbitros tendem, compreensivelmente, a penalizar o executante por tocar novamente na bola antes de esta ter tocado noutro jogador», pode ler-se. A solução é depois apresentada: «No caso de o executante do penálti pontapear acidentalmente a bola com os dois pés em simultâneo ou de a bola tocar no seu pé ou na perna que não pontapeia imediatamente após o pontapé: se o penálti resultar em golo, o pontapé é repetido», concluem.