Numa conferência de imprensa conjunta em Berlim com o chanceler alemão, Friederich Merz, o chefe de Estado ucraniano indicou ter recebido "sinais" dos seus aliados sobre a participação da Ucrânia na cimeira, mas acrescentou que era "importante" esclarecer a que nível Kiev será autorizado a participar na reunião anual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Zelensky aludia ao facto de ele próprio poder ser excluído da reunião pela primeira vez desde o início da guerra devido a um alegado veto dos Estados Unidos.

Sobre a possibilidade de não ser convidado, Zelensky disse que seria "uma vitória para Putin, mas não na guerra contra a Ucrânia, mas sobre a NATO".

"Mas a decisão é dos nossos parceiros", reiterou o Presidente ucraniano.

Zelensky afirmou também que o sucesso da cimeira dependerá das decisões tomadas na reunião.

O ministro da Defesa dos Países Baixos, Ruben Breklemans, afirmou esta semana que estão em curso trabalhos para encontrar um formato que permita a Zelensky participar na cimeira de Haia. 

Breklemans referiu ainda que os Estados Unidos levantaram objeções ao convite a Zelensky.

O Presidente ucraniano esteve presente nas duas últimas cimeiras anuais e participou remotamente com um discurso em 2022.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, excluiu a possibilidade de a Ucrânia aderir à NATO, no contexto das negociações de paz com as quais tanto Washington como Kiev e os seus parceiros europeus pretendem pôr fim à guerra.

 

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