Em comunicado, o presidente da comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, apela ainda aos militares para que "assegurem a integridade física do Presidente Umaro Sissoco Embaló e dos membros do seu Governo" e a libertarem os membros do executivo detidos.

Vários tiros foram ouvidos hoje perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 (hora local e em Lisboa) no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício, mas o paradeiro dos chefes de executivo e de Estado é desconhecido.

As relações entre o chefe de Estado e do executivo têm sido marcadas por um clima de tensão, agravada nos últimos meses de 2021 por causa de um avião Airbus A340, que o Governo mandou reter no aeroporto de Bissau, onde aterrou vindo da Gâmbia, com autorização presidencial, e pela recente remodelação governamental.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e por Portugal.

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