"A perseguição" a esta organização guardiã da memória das vítimas dos campos de trabalhos forçados soviéticos "é uma afronta às nobres missões e à causa dos direitos humanos em todo o mundo", declarou Antony Blinken, em comunicado.

O Supremo Tribunal da Rússia ordenou, na terça-feira, a dissolução da Memorial, ao concordar com o pedido do procurador do Ministério Público russo, que acusou a ONG de criar "uma falsa imagem da União Soviética como Estado terrorista".

O tribunal alegou o incumprimento de obrigações decorrentes do estatuto de "agente estrangeiro" atribuído à organização, em 2016.

Este estatuto designa indivíduos ou organizações que as autoridades russas consideram ser financiados a partir de países estrangeiros.

A Memorial tem investigado as purgas soviéticas há mais de 30 anos e está a documentar repressões recentes, incluindo as do regime do Presidente Vladimir Putin.

Fundada em dezembro de 1989 por dissidentes da ex-URSS, incluindo o Prémio Nobel da Paz Andrei Sakharov, a ONG engloba atualmente mais de 50 grupos mais pequenos na Rússia e no estrangeiro.

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