
Passam hoje dois anos após a morte por doença do histórico líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) Afonso Dhlakama, que dirigiu a organização durante 39 anos.
Para assinalar o aniversário da morte de Afonso Dhlakama, o atual líder do principal partido da oposição dirigiu-se, num discurso, aos quadros do partido na sede em Maputo, num contexto condicionado pelas medidas de prevenção da covid-19.
Ossufo Momade disse que o partido está comprometido com o processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo, no quadro do acordo de paz assinado em agosto do ano passado, em memória de Afonso Dhlakama.
"Celebramos esta data com tristeza, mas fazemo-lo com alegria, porque temos o orgulho de termos tido um líder carismático como ele [Afonso Dhlakama]", afirmou Ossufo Momade.
Ossufo Momade avançou que o espírito e vontade de Afonso Dhlakama de assegurar a paz no país vai orientar a determinação do partido em manter a estabilidade política em Moçambique.
O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o atual líder da Renamo assinaram em agosto do ano passado um acordo de paz, que preconiza o DDR.
Desde então, ainda nenhum guerrilheiro entregou as armas, excetuando 10 oficiais da Renamo indicados para integrar o Comando-Geral da Polícia moçambicana e que concluíram instrução em novembro.
Em entrevista recente à Lusa, Ossufo Momade disse que o desarmamento vai abranger 5.000 guerrilheiros da Renamo, avançando que o processo iria arrancar em breve.
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