O cabeça-de-lista do PS-Madeira às Eleições Legislativas nacionais, Emanuel Câmara, alertou esta quinta-feira, 8 de Maio, que o problema da habitação na Região Autónoma da Madeira precisa de ser resolvida "o mais urgentemente possível", assumindo o compromisso de lutar pela transferência de verbas da República para esse efeito.

Durante uma acção de campanha no Caniço, onde visitou um empreendimento habitacional construído ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Emanuel Câmara sublinhou que a habitação pública é "uma das reivindicações e uma das bandeiras" do PS. O candidato garantiu que os deputados do PS-M à Assembleia da República irão pugnar para que a Região seja contemplada com um reforço de verbas para a construção de habitação, à semelhança do que está previsto para o resto do País.

O socialista recordou que o ex-primeiro-ministro anunciou a duplicação do número de casas a construir até 2030, passando das 26 mil inicialmente previstas no PRR para 59 mil, deixando "a Madeira de fora deste reforço", uma situação que, afirmou, representa "uma discriminação" que necessita de ser corrigida.

"Este Governo do PSD-CDS, claramente, demonstrou com esta atitude o desprezo pelas Regiões Autónomas", afiançou o candidato, questionando ainda a postura dos deputados eleitos pelo PSD. "Mantiveram-se agachados a Lisboa mais uma vez, pondo os seus interesses partidários à frente dos interesses dos madeirenses e porto-santenses", criticou, garantindo que o PS vai sempre "salvaguardar, primeiro que tudo, os interesses da Região".

Emanuel Câmara aproveitou a ocasião para desmentir o que considera ser uma "falácia" sobre os feitos do Governo da República nos últimos 11 meses, destacando que "tem sido com Governos da responsabilidade do PS na República que a Madeira tem resolvido grande parte dos seus problemas". O candidato lembrou que a habitação pública em construção na Madeira se deve ao PRR e que o Governo de António Costa duplicou as verbas para a Região de 2,5% para 5%, totalizando 128 milhões de euros, o que permitirá a construção de 805 fogos.

O candidato sublinhou ainda "a sensibilidade dos executivos socialistas" em relação à Madeira, apontando para medidas como o pagamento da dívida da Região e a Lei de Meios após a catástrofe de 20 de Fevereiro.