"Os conteúdos, a programação, a dinâmica da informação, tudo aquilo que hoje em dia se procura para melhorar a qualidade da informação, e estamos aqui para ganhar essa experiência", afirmou à agência Lusa, Duarte Biaguê, jornalista da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), porta-voz do grupo, que foi recebido por Margarida Fontes, Administradora da RTC, que detém o pelouro dos Canais, Multimédia e Delegações.

O grupo é constituído por quatro profissionais da televisão, entre jornalistas, editores e operadores de câmara, e dois da rádio da Guiné-Bissau, que durante duas semanas vão ter formação 'on job', nas instalações da RTC e tutorada pelos profissionais da maior empresa de informação em Cabo Verde.

Para Duarte Biaguê essa formação, desenvolvido pela Academia RTC, é importante por ser ministrada por uma empresa que nasceu da fusão em 1997 das extintas Rádio Nacional de Cabo Verde (RNCV) e Televisão Nacional de Cabo Verde (TNCV), e numa altura em que a Guiné-Bissau está também a trabalhar no sentido de se fazer a fusão da rádio e da televisão.

"É nesse espírito que estamos aqui, de intercâmbio, troca de ideias, aproveitamos aquilo que de melhor Cabo Verde tem na parte de informação, comunicação, troca de conteúdos e, com certeza, havemos de deixar alguma coisa que a Guiné-Bissau tem de positivo nesse aspeto", frisou o jornalista, para quem a expetativa de toda a equipa é grande.

Quem também deposita muita expetativa nessa parceira é o presidente da RTC, Policarpo de Carvalho, considerando que agora que entrou a sua fase de operacionalização será também de aprendizagem mútua.

Também disse que é um momento importante para a RTC, uma "grande indústria", que vai pôr a sua experiência e 'background' ao serviço de profissionais de outro país.

"Nós mesmos estamos atrás de outros parceiros mais evoluídos, mais avançados do ponto de vista tecnológico e não só, portanto, achamos justos também dar essa contribuição para os nossos irmãos da Guiné-Bissau", frisou o dirigente, para quem esta é a primeira de muitas outras formações que irão acontecer no âmbito do protocolo.

"Por isso mesmo é que nós criamos a nossa Academia, para além de ser uma componente de negócio, nós temos uma grande esperança no ramo da Academia RTC, no ano passado formamos cerca de 150 pessoas", indicou Policarpo de Carvalho, esperando estender essa parceria a São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, em formas de estreitar relações com esses países.

Além da formação, o acordo de cooperação entre a RTC e a rádio e a televisão da Guiné-Bissau visa a troca de conteúdos e candidatura conjunta para fundos europeus para a recuperação dos arquivos U-Matic dos respetivos canais.

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