"Eu vou iniciar uma série de contactos com outros candidatos que não passaram à segunda volta. Espero obter deles o apoio", disse, em entrevista na sua sede de campanha, na capital são-tomense.

"É evidente que o outro candidato que passou à segunda volta também fará o mesmo", disse, referindo-se a Carlos Vila Nova, primeiro classificado na votação de domingo passado, com 39,47% dos votos (32.022 votos).

Posser da Costa, que obteve 20,75% dos votos (16.829 votos), apelou à união de todos, quando questionado sobre se acredita que terá o apoio dos outros cinco concorrentes do seu partido - Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) -, que avançaram igualmente para esta corrida eleitoral.

"Eu acredito que alguns, por uma razão ou outra, terão ficado magoados, terão avançado com alguns argumentos para justificar talvez o facto de não terem beneficiado do apoio do partido e serem eleitos para este apoio por um órgão estatutário do nosso partido que é o Conselho Nacional. Respeito os sentimentos de uns e de outros", disse.

"É necessário que nós nos unamos porque o que está em causa, para mim, é a democracia e eventuais riscos de a democracia ser posta em causa", comentou, sem querer adiantar mais pormenores.

Posser da Costa identificou os eleitores indecisos como um grupo a que pretende agora dirigir-se.

"Ainda existe uma margem de indecisos. Terei de fazer uma campanha um pouco virada para tentar ir buscar o voto desses indecisos que não votaram não por não quererem exercer o seu poder, mas eu acredito mais por uma razão de algum desconforto, algum desagrado perante a situação atual", referiu.

Na segunda volta, Posser da Costa afirma que irá reforçar as mensagens que transmitiu na primeira campanha.

"A mensagem que transmiti ao povo, de estabilidade e de governabilidade do país, que nós necessitamos para podermos criar um clima de estabilidade, não só estabilidade emocional, mas também de estabilidade social. Precisamos de mais coesão social, por isso refiro a harmonia, comporta a componente institucional e a componente social", referiu, aludindo ao lema da sua candidatura, 'Harmonia e Progresso'.

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