"Portugal perdeu um sábio. Um dos nossos maiores sábios. O Estado português perdeu um estadista. Um dos nossos melhores. Muitos portugueses perderam uma referência essencial", refere Paulo Portas em reação à morte de Adriano Moreira, numa nota enviada à agência Lusa.

Para o antigo vice-primeiro-ministro, "os democratas cristãos tiveram nele o mais ilustre dos Presidentes".

"Adriano Moreira deixa um legado profundo e a essa memória nunca será demais prestar homenagem. Um príncipe da política, um pensador da diplomacia e um teorizador da segurança com tributo decisivo à preservação da paz", enalteceu.

Para Portas, o antigo presidente do CDS-PP foi "um cristão empenhado e um seguidor da doutrina social", assim como "um reformador quando a inércia era dominante e um institucionalista quando a desordem era triunfante".

"Humanista e aberto ao mundo foi sempre, do início ao fim, um patriota que considerava Portugal um dever. Aos muitos que o queriam e a todos que o respeitavam, e à sua querida família com tantas gerações, uma palavra de condolências e de grande amizade", afirma.

Lembrando o "grande Professor" e o "magnífico autor", para o antigo líder do CDS-PP "a lusofonia sabe que ele foi um aliado fundador e visionário".

"Os seus amigos - tive a honra e a felicidade de o ser - perderam um mestre magnifico, um conselheiro presciente, um notável conversador", recorda.

O antigo presidente do CDS morreu hoje aos 100 anos, confirmou à Lusa fonte do partido.

Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura (1961-1963) e deputado e presidente do CDS-PP já na democracia, mantendo sempre a ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.

Com 100 anos completados em 06 de setembro passado, foi condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões.

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