
"Temos um problema de confiança no nosso país e de suspeição, às vezes, generalizada e nós só podemos fazer face a isso se os próprios poderes públicos forem transparentes e prestarem contas", afirmou António Costa e Silva, em resposta aos deputados, na comissão eventual para o acompanhamento da aplicação medidas resposta à pandemia covid-19 e do processo de recuperação económica e social.
No entanto, o gestor ressalvou que já há um grande percurso feito no sentido de reportar os investimentos e fluxos financeiros e que o Governo, "desde a primeira hora", acolheu a sua proposta para a criação do portal, que defendeu ser "absolutamente decisivo".
António Costa e Silva, que foi nomeado pelo Governo para coordenar a preparação do plano de relançamento da economia, considerou ainda ser "extremamente importante" o desenvolvimento de um trabalho conjunto entre todas as entidades ligadas ao processo.
"Independentemente das diferenças e dos desacordos que possam existir entre nós, temos de procurar o chão comum que nos une e que pode levar o país ao futuro", concluiu.
Segundo uma nota divulgada no início deste mês, na página do Mar 2020, o portal da transparência deverá arrancar ainda em abril e terá um separador dedicado aos fundos europeus.
A Agência para a Modernização Administrativa é responsável pela construção do portal que vai permitir a consulta de informação sobre cada investimento financiado, desde a sua execução até ao encerramento.
Em 20 de novembro de 2020, a criação de um portal da transparência para os fundos europeus foi aprovada na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.
PE (JF) // CSJ
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