De acordo com o jornal O País, o homicídio ocorreu na noite de 31 de dezembro, no bairro da Candaria, na zona da Vidrul, município de Cacuaco, quando o pai, de 19 anos, efetuou o ato, aproveitando-se da ausência da mulher, de 18 anos.
O caso chegou ao conhecimento das autoridades pela mãe da criança, depois de encontrar a criança morta na cama.
"Saí e disse ao pai que o bebé morreu, tendo este agido naturalmente e me dito que fosse embora e não lhe complicasse" a vida, contou Rosina Eduardo, mãe da criança.
Face ao sucedido, a mulher contou a situação a familiares, tendo acionado o serviço de bombeiros e a polícia.
Já na polícia, o pai da criança, em interrogatório, inicialmente negou a autoria do crime, atirando culpa para um amigo, a quem devia 1.000 kwanzas (1,5 euros), acabando mais tarde por assumir a culpa.
"Ele disse que matou, porque foi receber feitiço para ter fama e o feiticeiro deu-lhe a missão de matar o bebé, por ser sangue do seu sangue. Ele queria ser cantor e, para subir, mandaram-lhe fazer isso", contou Rosina Eduardo.
O bebé foi atingido com três facadas na região do abdómen e no tórax.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda anunciou hoje a detenção do homem, um entre seis cidadãos implicados em quatro crimes de homicídio, ocorridos nos municípios de Cacuaco, Cazenga e Talatona.
NME // LFS
Lusa/Fim