O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos anunciou hoje a sua demissão do cargo, ao qual não será recandidato, anunciando uma Comissão Nacional do partido para sábado.

"Assumo as minhas responsabilidades como líder do partido, como sempre fiz no passado, sempre que achei que deveria assumir responsabilidades, vou, por isso, pedir eleições internas à Comissão Nacional", afirmou Pedro Nuno Santos.

Pedro Nuno Santos adiantou ainda que já está acertado com o presidente do PS convocar a Comissão Nacional para o próximo sábado, no qual pedirá eleições internas, às quais disse que não será candidato.

"Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos", disse Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS também defendeu hoje que não lhe cabe ser "o suporte deste Governo" e "este papel também não deve caber ao PS".

"Não me cabe ser o suporte deste governo e penso que este papel também não deve caber ao PS", disse, depois de anunciar que já tinha ligado a Luis Montenegro a felicitá-lo pela vitória.

Segundo Pedro Nuno Santos, estes são "tempos duros e difceis para a esquerda e para o PS".

Pedro Nuno Santos, que discursou já depois da meia-noite no quartel-general do PS para esta noite eleitoral, em Lisboa, reagiu assim à pesada derrota do PS nestas legislativas.

De acordo com os resultados provisórios, o PS ficou em segundo lugar, mas a uma curta distância do Chega e com o mesmo número de deputados do partido de André Ventura, perdendo 20 deputados em relação há um ano, ainda sem os resultados da emigração.