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O historiador António José Telo defende que a participação do Corpo Expedicionário Português (CEP) na Primeira Guerra foi "um desastre político" e que as tropas portuguesas em França foram abandonadas por Lisboa e sacrificadas pela Inglaterra.
Segundo o historiador, o CEP foi imposto ao Exército britânico que desconfiava de uma força militar, que considerava "uma multidão indisciplinada", tendo adiado, sucessivamente, a entrega aos portugueses de um setor na frente de batalha em França.
"Os militares britânicos têm imenso medo deste Corpo Expedicionário Português. Não aceitam a ideia de lhes dar um setor da frente que possa ser atacado em força pelo inimigo porque receiam que a força portuguesa se desfaça e se abra uma brecha, que era o grande pesadelo desde o início da guerra de trincheiras", disse.