"Nos próximos meses trabalharei com os municípios e outras partes interessadas para nos prepararmos para este dia importante para a nossa democracia, para que tudo corra bem!", escreveu a ministra do Interior, Judith Uitermark, na rede social X.

A eleição nos Países Baixos será seguida de perto em toda a Europa, onde recentemente os partidos de extrema-direita obtiveram ganhos eleitorais significativos.

As sondagens colocam o Partido para a Liberdade (PVV), do líder de extrema-direita Geert Wilders, empatado com a aliança dos Verdes e dos sociais-democratas do ex-vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans, e à frente do partido liberal VVD.

As eleições foram espoletadas pela saída repentina da força política liderada por Wilders de uma frágil coligação governamental, alegando desentendimentos sobre o tema da imigração.

Wilders alegou que o Governo demorou demasiado tempo a implementar a "política de imigração mais dura da história" dos Países Baixos.

O seu partido causou surpresa em novembro de 2023 ao emergir como o grande vencedor das eleições, com 37 dos 150 lugares da câmara baixa do Parlamento.

Contudo, as ambições de Wilders de liderar o país foram frustradas, uma vez que os seus parceiros de coligação bloquearam a sua candidatura a primeiro-ministro, preferindo indicar Dick Schoof para o lugar, como solução de compromisso.

Os líderes dos quatro partidos parceiros da coligação concordaram em não ocupar cargos ministeriais, preferindo liderar os seus partidos no Parlamento.

Ao longo da curta legislatura, Wilders avisou frequentes vezes que a única forma de implementar as suas políticas anti-imigração seria tornar-se primeiro-ministro, o que tentará agora conseguir nas eleições de outubro.

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