O núcleo duro do PS queria, afinal, viabilizar a moção de confiança para evitar eleições legislativas, segundo avança este sábado o jornal Público.

Alexandra Leitão e Pedro Delgado Alves tentaram convencer o secretário-geral Pedro Nuno Santos a viabilizar a moção de censura, através da abstenção do partido na votação, mas não tiveram sucesso.

O jornal Público adianta que o secretário-geral do PS disse que a decisão de votar contra a moção de confiança tinha de ser dele mesmo e que não ia ceder à chantagem do primeiro-ministro Luís Montenegro.

O jornal avança ainda que também Carlos César alertou Pedro Nuno Santos para os riscos de votar contra.

Mariana Vieira da Silva e João Paulo Rebelo também se opuseram.

Apesar desta oposição, a moção de confiança foi chumbada, o que levou à queda do Governo e, por consequência, a eleições antecipadas.

O terceiro pior resultado do PS

Segundo os resultados provisórios (ainda faltam apurar os votos da emigração), o PS tem neste momento 58 lugares no Parlamento, o mesmo número que o Chega.

É já considerado o terceiro pior resultado da história do partido em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se "puder ser já" e que não quer "ser um estorvo nas decisões" que o PS tem que tomar.