"Condeno veementemente os ataques cibernéticos contra o Governo ucraniano", disse Stoltenberg num comunicado, acrescentando que a NATO vem trabalhando "de perto com a Ucrânia há anos para ajudar a aumentar as suas defesas cibernéticas".

Kiev anunciou hoje ter sofrido um ciberataque, na noite de quinta-feira, contra várias páginas governamentais na Internet - incluindo as do Gabinete de Ministros e do Ministério dos Negócios Estrangeiros - mas garantiu que os dados pessoais dos cidadãos estão seguros e não foram afetados.

Stoltenberg lembrou que os especialistas cibernéticos da NATO em Bruxelas "têm trocado informações com os seus colegas ucranianos sobre as atuais atividades cibernéticas maliciosas" e que especialistas aliados naquele país "também estão a apoiar as autoridades ucranianas no terreno".

O secretário-geral da NATO disse ainda que, nos próximos dias, a sua organização e a Ucrânia assinarão um "acordo sobre cooperação cibernética", que incluirá o acesso de Kiev à plataforma de troca de informações de 'malware' dos aliados.

O ataque cibernético ocorre no meio de um clima de escalada de tensões entre Kiev e Moscovo, que concentrou um número significativo de forças militares russas ao longo das fronteiras ucranianas.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusaram repetidamente equipas de piratas informáticos russos de realizar ataques coordenados contra a sua infraestrutura estratégica, o que Moscovo nega.

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