O espaço das Casas da Taipa vai receber dez expositores culturais das comunidades lusófonas residentes em Macau: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Damão e Diu, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, e também da comunidade local.

Além das mostras culturais, espetáculos de música e dança, jogos tradicionais portugueses e gastronomia típica vão estar disponíveis no espaço em que o público "deverá cumprir rigorosamente as medidas de prevenção epidémica", em vigor no território, indicou o IC, em conferência de imprensa.

O Festival da Lusofonia surge, este ano, integrado no 3.º Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os países de língua portuguesa, devido à situação epidémica no território, numa tentativa de "criar sinergias" entre todos os eventos, disse a presidente do IC, Mok Ian Ian, à margem da conferência de imprensa.

Nos anos anteriores, o Festival da Lusofonia decorreu, de forma autónoma, no mês de outubro, formato e data a serem mantidos no próximo ano "se as condições epidémicas permitirem", acrescentou.

Esta edição do Encontro em Macau, que nasceu em 2018 e foi suspenso em 2020, devido à pandemia da covid-19, integra várias "realizações da China e dos países de língua portuguesa nas artes e cultura (...) enriquecendo a conotação humanista da zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau", referiu Mok Ian Ian, ao apresentar o programa.

De 11 de novembro a 12 de dezembro, vão decorrer, no âmbito do 3.º Encontro em Macau, os festivais da Lusofonia e de Cinema, a Exposição anual de Artes entre a China e os países de língua portuguesa, bem como os Espetáculos de Música e Dança Tradicional na Comunidade, as Atividades do 100.º aniversário das Casas da Taipa e a Série de Palestras Culturais no âmbito de "Uma Faixa, Uma Rota" - Samba e Dança.

O Festival de Cinema vai apresentar 30 filmes chineses e lusófonos subordinados ao tema "Os Gourmets de Cinema", enquanto a Exposição anual de Artes composta por duas exposições "Simbiose" e "Abraço na Diversidade" apresenta obras contemporâneas dos artistas de Macau, da Grande Baía e dos países de língua portuguesa.

Seis grupos lusófonos de Macau e o grupo de danças e cantares da província de Fujian (sudeste da China) vão apresentar espetáculos de música e dança, enquanto visitas guiadas vão integrar as atividades do 100.º aniversário das Casas da Taipa, cinco residências construídas em 1921 para funcionários públicos do território e transformadas em sítio museológico em 1999.

A literatura feminista africana e a literatura brasileira no mundo estarão em foco em dois colóquios, na Série de Palestras Culturais.

O orçamento do 3.º Encontro em Macau é de 8,9 milhões de patacas (958 mil euros).

EJ // JMC

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