
"Queremos crer que ao longo deste ano as casas serão concluídas", disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, após uma reunião deste órgão, em Maputo, capital do país.
Numa primeira fase, o realojamento das famílias que viviam nas proximidades da lixeira de Hulene estava previsto para finais de 2018, tendo, no entanto, o Governo prorrogado o prazo para meados de 2019, mas até hoje as pessoas continuam à espera.
No total, após o desastre, 269 famílias foram retiradas das imediações da lixeira de Hulene e agora, enquanto aguardam pela conclusão das obras, vivem em casas arrendadas, que têm sido pagas pelo executivo.
Na manhã de hoje, uma parte das famílias esteve à porta do Conselho Autárquico de Maputo para reclamar contra os atrasos de dois meses no desembolso dos subsídios para o pagamento das rendas, o que levou o Conselho de Ministros a aprovar uma "transferência extraordinária" para resolver a situação.
"O desembolso visa assegurar o arrendamento de casas durante o período que falta para a conclusão das casas definitivas na área de reassentamento", disse o porta-voz do Governo moçambicano, sem avançar o montante.
Cada família recebe trimestralmente 30 mil meticais (387 euros) para o pagamento da renda.
Na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte da maior lixeira da capital, com altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro em redor.
Dezasseis pessoas morreram no local, das quais sete eram crianças.
Em 2018, o Governo moçambicano anunciou que a lixeira de Hulene seria encerrada, numa operação estimada em 110 milhões de dólares (98 milhões de euros ao câmbio atual).
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