
"O empenho e entrega da liderança e dos combatentes da Renamo, do Chefe de Estado [Filipe Nyusi] e da Comunidade Internacional tem contribuído para avanços no processo", declarou Ossufo Momade, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Depois de um arranque simbólico em julho do último ano, o DDR esteve paralisado durante vários meses, tendo sido retomado em 04 de junho deste ano, com a ambição de abranger 5.000 membros do braço armado do maior partido da oposição em Moçambique.
Além de 500 guerrilheiros abrangidos pelo processo até agora, segundo o presidente da Renamo, duas bases do partido foram encerradas em Dondo e em Muxungué, ambas na província de Sofala, centro de Moçambique.
"O compromisso da Renamo é o de manter a paz e promover cada vez mais a reconciliação nacional, pelo que esses combatentes que deram a sua juventude pela instauração de um Estado de direito democrático, devem ser recebidos e respeitados como moçambicanos com iguais direitos e deveres", declarou Ossufo Momade.
Apesar de progressos registados no processo que teve como principal marco a assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional em agosto do último ano, um grupo de dissidentes do partido (autoproclamado Junta Militar da Renamo), acusado pelas autoridades de protagonizar ataques armados que já provocaram a morte de pelo menos 24 pessoas, tem estado entre as preocupações das duas partes.
O presidente da Renamo aproveito a ocasião para apelar para que o grupo "volte à razão".
"Tomamos, uma vez mais, esta oportunidade para voltar a apelar aqueles combatentes que de forma indisciplinada e instrumentalizada apartaram-se das suas bases para promoverem uma guerra injustificável e sem sentido a voltarem a razão e a juntarem-se a este processo", frisou Ossufo Momade.
A autoproclamada Junta Militar, liderada por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha da Renamo, contesta a liderança do partido e o acordo de paz assinado em agosto do último ano, sendo acusada de protagonizar ataques visando forças de segurança e civis em aldeias e nalguns troços de estrada da região centro do país.
EYAC // PJA
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