Sem citar nomes, Fernando Dias afirmou que o PRS está na posse de informações sobre "alguém, que nos últimos dias" estaria a tentar mobilizar os militares a votarem no partido que, disse, atualmente governa o país.
"Há uma tentativa de dar orientação aos militares em votarem num partido, comportamento que nós, o PRS compreendemos que é anormal", defendeu Fernando Dias, a saída do comício de encerramento da campanha eleitoral no bairro de Lala Quema, nos arredores de Bissau.
O líder do PRS afirmou que o voto livre é um direito que assiste a todos os cidadãos guineenses, incluindo os militares e considerou que cada pessoa deve analisar o programa eleitoral e a situação política do país para tomar a sua decisão em quem apoiar.
"Agora essa tentativa de orientação que está a ser dada por mão oculta, isso é o que nós estamos a chamar a atenção porque não vamos admitir", avisou Fernando Dias.
O político defendeu que a democracia fixou os limites de atuação de cada cidadão na Guiné-Bissau e que ninguém pode dar orientações aos militares por, disse, saberem qual a real situação do país neste momento.
"Os militares da Guiné-Bissau têm um salário base de 50 mil francos CFA [75 euros]. Como é que você pode dar orientação para que votem num partido, num Governo, que eles sabem que pioraram a situação", afirmou Fernando Dias.
Cerca de 900 mil eleitores votam este domingo para a escolha do próximo parlamento e consequentemente do Governo.
O PRS é um dos 20 partidos e duas coligações na corrida eleitoral.
MB // VM
Lusa/Fim