
Nenhuma nação se constrói "sem a inclusão de todos os cidadãos que, pedra a pedra, produzem a riqueza nacional. A exclusão social é um dos grandes inimigos da paz", afirmou Momade numa declaração alusiva ao Dia da Paz, que hoje se assinala em Moçambique.
Trata-se de um feriado alusivo à assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, entre o governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
No entanto, 29 anos depois, Momade diz que se vive "um clima de muita insatisfação e perturbação da paz" queixando-se de limitações à atividade partidária.
"Um pouco por todo o país, os partidos políticos da oposição, em particular a Renamo, são impedidos de realizar as suas atividades políticas, inclusivamente impedidos de içar as bandeiras nas suas sedes", acusou.
O líder da Renamo acusa os líderes comunitários de serem "uma arma de arremesso" por parte da Frelimo para hostilizar e limitar os direitos dos partidos políticos e beneficiar simpatizantes.
Os casos de intolerância e violência política têm sido visíveis, sobretudo, em períodos eleitorais - antes da votação e nos processos de contagem -, tal como reportado por equipas de observação independente, entre outras organizações.
Já hoje, também num comunicado alusivo ao Dia da Paz, o Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) considerou que os atos eleitorais no país devem deixar de ser uma ameaça à estabilidade.
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