Em cartas enviadas na quarta-feira ao primeiro-ministro e ao ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social e Novas Tecnologias, cujas cópias a Lusa teve hoje acesso, os jornalistas e técnicos da televisão pública, justificam que o Regime Especial para a classe já foi promulgado pelo Presidente da República e publicado no Diário da República (boletim oficial do governo) há mais de um ano.

Sobre o pagamento de subsídio de covid-19, dizem que este subsídio não foi pago nos meses de abril, maio e junho.

Os quadros das televisões lembram que numa outra carta datada de 22 deste mês e enviada ao ministro tutelar da pasta, alertaram o Governo sobre o incumprimento destas duas situações.

"Não havendo até ao momento qualquer reação do Governo, entendemos que simplesmente foram ignoradas as nossas preocupações", explicam os jornalistas em cartas entregues as duas entidades.

"Inconformados com a situação, vimos pela presente informar de iremos entrar em greve a partir desta sexta-feira, dia 02 de julho", acrescentam.

Adiantam que "tanta falta de informação" sobre estes dois dossiers está a dar origem a "desinformação" entre a classe, e os argumentos do Governo sobre o atraso no cumprimento destes assuntos "leva-nos a entender que não passam de conversa com objetivos desconhecidos".

Na carta os profissionais das TV lembram ainda que o Sindicato dos Jornalistas Santomenses, a Associação dos Jornalistas e a Comissão de Carteira Profissional (CCP) já "trabalharam numa contraproposta da nova revisão salarial conjuntamente com os técnicos da Direção das Finanças" e agora exigem que estes dossiers sejam "implementados o mais rapidamente possível".

O governo marcou para as 11 horas locais (12 horas em Lisboa) de hoje um encontro com a comissão dos grevistas.

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Lusa/fim