
A empresa com sede em Dublin, e uma das principais produtoras mundiais de titânio e zircão, revelou hoje em comunicado que conseguiu reduzir 14% os custos da sua operação em Moma, no norte de Moçambique, mas que estas e outras poupanças até ao primeiro semestre de 2014 "não conseguiram compensar a descida dos preços", estimada em cerca de um terço desde 2012.
Sem adiantar o universo de trabalhadores atingidos com o corte hoje anunciado, a Kenmare Resoureces disse que tentou melhorar a eficiência da sua atividade mineira e procurar alternativas para os trabalhadores em excesso.
"Infelizmente, isso irá resultar numa redução dos trabalhadores das minas", declara a empresa, acrescentando que vai continuar a dialogar com o Governo moçambicano e com os sindicatos.
No mesmo comunicado, a Kenmare Resources informa que a mina de Moma, na província de Nampula, voltou a receber energia, após um prolongado corte provocado pelas cheias em Moçambique, e que a produção voltou à normalidade.
Em agosto, a empresa irlandesa tinha anunciado um prejuízo operacional de 13,5 milhões de euros na sua mina de areias pesadas em Moçambique, durante o primeiro semestre de 2014, e já imputava as perdas à redução de preços.
No período homólogo de 2013, a Kenmare tinha registado lucros de 5,2 milhões de euros.
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