As novas chegadas elevam para 1.544 o número de pessoas no local, depois de um total de 475 pessoas terem desembarcado na ilha italiana na segunda-feira.

Um grupo de 450 migrantes e refugiados deverá ser transferido, ainda hoje, da ilha para Porto Empedocle, na Sicília continental, para aliviar a pressão logística.

O vice-primeiro-ministro e ministro italiano dos Negócios Estrangeiros afirmou na segunda-feira que a situação relativa à chegada de migrantes de África a Itália "não é explosiva, já explodiu", na sequência da chegada de mais de 10.000 pessoas em três dias.

Falando aos jornalistas no consulado italiano em Nova Iorque, Antonio Tajani garantiu que vai levar o assunto da pressão migratória na assembleia geral das Nações Unidas, que começa hoje.

"Não há muros que consigam conter o movimento de milhões e milhões de pessoas. Veja-se a história das invasões bárbaras. O exército de Roma, o mais poderoso da história militar, não conseguiu travá-las", declarou.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitou no domingo a ilha de Lampedusa, juntamente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Mais de 127.000 migrantes entraram em Itália desde o princípio do ano, quase o dobro do número registado no mesmo período de 2022, de acordo com dados do Ministério do Interior italiano.

Muitos desembarcaram em Lampedusa, o território italiano mais a sul.

A primeira-ministra alertou que o aumento na chegada de migrantes representa uma "pressão insustentável" para Itália.

Von der Leyen apresentou um plano de ação para Lampedusa em que se admite uma nova missão naval da União Europeia no Mediterrâneo, mas Tajani contrapôs que nem os 27 em conjuno são capazes de enfrentar a crise e pediu a intervenção da NATO e das Nações Unidas

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